Uma visita inesperada

Uma vez tive que mentir. Escondida atrás da porta. Nunca havia imaginado. Que desespero! Precisava mentir para reparar o erro que não havia cometido. Como que faz? Braços abertos? Sou eu! Assim espero. Sorriso, se for fácil, o tenho. Fingir não! Que desespero! Que difícil que é! Chamei por dentro alguém pra me socorrer. Não havia essa pessoa. Não dava pra escutar. Como eu ia fazer isso? Inventei que era trabalho e a ausência cotidiana. Mas por dentro eu sabia. Que loucura! Que difícil que é! Mentir não é comigo.
Texto: Wandréa Marcinoni 

Postar um comentário

0 Comentários