Do silêncio e da palavra


Eu ainda o vejo quando não está lá. Sentei sozinha no banco do ônibus-sucata e fechei os olhos. Foi como se estivesse lá em éter e silêncio. Veja que ando apegada ao misticismo, o que denuncia claramente minha ainda mais clara falta de inteligência. Eu nunca aprendi a perder – choro até pelas quase-derrotas. Verdade é que jamais apanhei nesta vida – o tempo passa rápido, e com ele passa todo o resto – como se sempre houvesse algo de mais interessante para se fazer. Não aprendi a curtir conquistas, é o que diria maman. Mas veja que se vão um número considerável de dias (será que 500?) sem ele. E perdura a diferença de solo e de solo apenas.
Mas apenas deste lado da distância.

O texto eu encontrei aqui: http://tiarasquemamaeodeia.wordpress
Imagem: Holly Clifton Brown

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