E daí que ela deu de sonhar.
Desde que o interventor abandonou o barco se achou digna de regalias e soberba.
Ela era ingênua.
Achava-se dona do seu lidar.
Não admitia tropeços e usava de impáfia por vezes.
Um dia desdenhou de uma conhecida.
Passado o tempo houve um breve e leve arrependimento.
Ousou sonhar e caiu.
Do último e derradeiro andar.
Se viu como na valsa vienense ou numa crônica de Nelson Rodrigues
Sem casa, sem alma, sem par.
Logo ela, logo ela...
Texto: Wandréa Marcinoni
Imagem: Arquivo pessoal
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