A mesa da sala com flores artificiais falava a ela do sonho que passou. Era tempo frio. Do lado de fora ouvia bem perto o canto dos pássaros. No dia anterior havia andado pela rua de pedras e olhava ao longe montanhas com figuras de animais. Um rio passava ao final batendo nas pedras em um curso sem pressa. Até pensou que aquilo tudo era uma história encantada. Acolheu-me em prantos num caminho mal iluminado. Trouxe-me à superfície e me ajudou a respirar. Acalentou-me quando não consegui dormir. Pôs sorriso e fantasia. E hoje na sala com flores artificiais, fico esperando a hora que ele vai voltar.
Texto: Wandréa Marcinoni
Imagem: Kulik Larissa
1 Comentários
Lindo!
ResponderExcluirSaudades...
Quase não conversamos, né?!
O tempo é sempre um mago alado e implacável...