A vida tem estranheza nas palavras. Esse eterno vai e volta. Ontem senti taquicardia apesar de engolir tantas lágrimas, tive vontade de nĂŁo fazĂŞ-lo. Nunca tenho ao certo as rotas de fuga. Me enclausuro num mesmo eu: Pequeno, apertado, irrespirável. E aĂ, Ă© tudo que tenho: um ambiente claustrofĂłbico e insalubre que Ă© meu corpo e minha mente. Meu corpo com dores: braço direito, tornozelo esquerdo. Minha alma com agulhas. Ă€ noite, o barulho dos carros que entra pela janela, o ventilador lembrando que faz calor. E um boa noite com sonhos. Sonhos que nunca vĂŞm.
Texto: Wandréa Marcinoni
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